domingo, 12 de setembro de 2010

Fiat Bravo 1.6 Multijet 105cv

Com uma concorrência bastante agressiva e uma imagem ainda fraca no mercado, nomeadamente no Português, o Fiat Bravo revela ser um carro muito válido... para alguns.
Este carro veio-me ter às mãos porque a C Máx cansou-se e ao passar a portagem da Ponte Vasco da Gama resolveu que queria ir às cavalitas do reboque.
O carro disponibilizado era um carro de aluguer e a utilização foi de tempo reduzido e com limitações.
Ao levantar o carro, e apenas após ter percorrido alguns km´s, detectei que o pára choques da frente estava partido e roçava na roda do lado esquerdo. Liguei para a companhia de aluguer que me disse que só podiam trocar o carro no dia seguinte. Como no dia seguinte iria para o Porto, disse que arriscava fazer a viagem pois apenas em solicitações mais duras é que se dava pelo problema. Segui então viagem calmamente em direcção ao Porto.

Motor

O motor 1.6 Multijet é uma surpresa bastante agradável. Nos primeiros km´s esperava que fosse algo um pouco melhor que um 1.3 Multijet mas nada de especial. Mas com o passar do tempo chegamos à conclusão de que a sua alma está lá, desde regimes baixos e acompanhar até ao fim de regime de motor. E o que tem para dar não desilude. Mostrou ser superior aos motores da PSA/FORD em todos os campos. Quando carregamos ele anda. Pode ser devagar, mas anda. Com os outros nem sempre é assim.
Os consumos por outro lado são também uma surpresa agradável. A uma velocidade dentro do limite legal + tolerância, ar condicionado ligado, subidas à mistura e ultrapassagens o consumo rondou os 5,5 litros/100km. A minha experiência com motores desta capacidade e tipo de performance dá médias cerca de 1,5 litros acima para condições idênticas.

Condução

Tipica de um carro italiano, não prima pelo conforto embora não o despreze. Competente em curva, o limite atinge-se com alguma facilidade. A partir daí, ou o ESP sai fora de jogo e temos carro para brincar dentro das limitações que tem ou nada feito. O teste neste caso não foi muito aprofundado porque o pára choques a roçar na roda não o permitiu.
A travagem mostrou ser bastante potente embora neste carro houvesse uma tendência para sofrer fadiga e notava-se um empeno generoso dos discos.

Interior

Agradável mas dificilmente faz frente à concorrência. Há quem procure um carro com comodidade e pequenos luxos, há quem procure um carro espartano e mais "puro" e desportivo. E quem é que quer um Bravo?
A primeira ideia que ficou a sentar-me no lugar do condutor é de que a posição de condução se encontra com facilidade mas o banco está torto... virado para a esquerda. Mais uma vez pode ter sido problema desta unidade de aluguer que já tinha sofrido alguns maus tratos.

Conclusão

A nível de motor mostrou ser a melhor opção em comparação com a concorrência. Melhor e mais económico. A condução não pode ser testada de forma correcta/completa.
Agora... quem é que quer um carro destes, igual a um Punto mas em ponto maior? Há opções dentro do grupo Fiat a ter em conta, e em que o carácter está definido: Alfa Romeu e Lancia. O Bravo dá ideia de ser um carro de quem não sabe bem o que quer e acaba por não ter nada.

Ford Fusion 1.25+ (75cv)

Como é que começa a minha aventura com um Fusion? Há pouco tempo eu era da opinião de que nunca teria um Ford, pelo menos dos Ford´s normais que andam aí pela estrada. Poderia ter uma daquelas versões mais apimentadas mas as normais era para esquecer. E de repente, dei por mim a ter uma Ford C Máx para usar diáriamente. E como é que isto explica então um Ford Fusion? Simples. Como senhora que é, a minha esposa gosta do carro porque tem, entre outros atributos, aspecto de jipezinho. Do lado dela a compra estava feita. Do meu lado deixei de me opôr depois de ter tido uma boa experiência com a C Máx.

Motor

O motor 1.25 de 75cv já foi considerado como um motor bastante nervoso e que fazia os Fiestas "voar" baixinho. Para os parametros de hoje é um motor que permite rodar a uma velocidade simpática e legal com um consumo não muito disparatado (faz médias de 6,5 litros/100km). Nos primeiros km´s notou-se o motor bastante preso e ainda hoje se nota uma certa dificuldade em dar conta do compressor do ar condicionado. Á parte disso, se soubermos o que podemos esperar de um motor com 1,25l de capacidade e 75 cv, não há nada a apontar de positivo nem de negativo.

Equipamento

A versão de que falo é a +. Exteriormente distingue-se da versão normal por ter o contorno das cavas das rodas com uma protecção em plástico, da côr do pára choques, que dá uma ideia de robustez. Tem também os vidros traseiros escurecidos, o que me manifesto sempre contra mas que por acaso até fica bem.
De série vem equipado com ar condicionado manual, ABS, rádio com leitor de CD´s e mais algumas coisas curriqueiras. O acendimento de luzes automático, limpa pára brisas automático, ar condicionado automático, airbags laterais e cinzeiro são opcionais. Nem com pedido especial se conseguiu que o carro viesse equipado com ESP e os vidros traseiros são sempre manuais.

Condução

Apesar de o motor não permitir grandes aventuras, o chassis é competente qb. Não se pode esperar que um Ford Fusion curve como um Porsche mas acabamos por sair de curvas mais apertadas com um sorriso e a dizer que o carro até tem algum potêncial. Houvesse vontade de o tornar em algo mais irrequieto. Revela uma boa dose de segurança e apenas quando travamos em curva damos por alguma vontade do eixo traseiro querer mostrar que está lá, embora sempre de forma controlada.

Problemas

Como é hábito no Após Venda do mercado automóvel, o carro tem um problema para o qual não apresentam solução. Não entrando em grandes detalhes, a óptica traseira direita deixa entrar água. Foi substituida, mantendo-se o problema. A Ford Portugal está informada e ainda não foi capaz de dar conta do recado. Vamos ver...

Conclusão

O carro tem um valor justo. Deve-se no entanto estar bem ciente do que se pretende ao comprar o carro pois se para alguns, nos quais me enquadro, o carro é bastante bom e cumpre as expectativas, para outros poderá ser uma desilusão.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Comparativo de pneus 205/55/R16V

Normalmente temos uma ideia que a partir de uma determinada gama todos os pneus serão no mínimo razoáveis. Isto levou a que, quando a minha CMáx necessitou de levar os 4 pneus novos, pedi simplesmente que os mudassem sem grande preocupação com o que iriam lá colocar. Não estava a prever ir a nenhum GP com o carro por isso qualquer coisa em condições serveria.
Os Michelin Energy estavam para lá das marcas de segurança e como tal já não tinham grandes condições para circular. A gestora de frotas decidiu que eu ficaria bem servido com uns Mabor Sport Jet.

Em termos de aspecto, se é que alguém liga a isso, não são maus de todo. Pelo menos não tem um piso que nos faça rir só de olhar. Mas como não é a estética que nos agarra à estrada... toca a rodar a chave e experimentar os sapatos novos.
O carro fez cerca de 50km antes de me ser entregue pelo que não tive grande preocupação em começar a usar o piso. Deveria já ter sido suficiente. Portanto, vamos em direcção a uma rotunda, antes da entrada travamos ligeiramente para acautelar uma entrada segura para todos os condutores e surpresa... na entrada da rotunda há uma bandas sonoras que, quando o pneu entra em contacto com este piso faz entrar o ABS!!!! Como pode ser do piso ainda ser muito novo, sigo com cuidado para que o pneu aqueça, a borracha esteja no seu melhor... (aquelas coisas que todos fazemos aos nossos Fórmula 1). Uma curva com piso escorregadio, que aperta a meio e onde costuma haver alguma confusão, tirou as dúvidas. Os Michelin completamente carecas, com os arames de fora, faziam essa curva sem fugir e em segurança (esquecendo o desgaste excessivo) a cerca de 70km/h. Estes novos fizeram a 60km/h, a fugir às 4 rodas até que o ESP resolveu que era altura de meter ordem na casa.
De qualquer forma cada pneu custa 65€ + IVA...