Os Dacia são provavelmente os carros que mais sentido fazem para quem quer um meio de se transportar. São fabricados por uma marca romena na Turquia mas têm todo o know how dos franceses da Renault. Resulta daqui um produto low cost que pode ter algumas lacunas mas que cumpre muito bem o seu papel.
Exterior
Por fora o Dacia Sandero tem um aspecto que causa alguma confusão. Se a frente até tem um aspecto engraçado, a traseira dá ares de ter sido feita numa sexta feira, ao final do dia e por alguém a quem o dia correu mal. Isto faz com que a lateral, onde também se avalia a transição entre uma frente agradável e uma traseira de gosto duvidoso fique comprometida. Mesmo sendo um produto low cost podiam ter investido um pouco mais na estética. De qualquer forma o aspecto geral não é mau.
Interior
O interior é confortável e tem tudo o que é necessário. Mas não mais do que isso. A versão confort tem um nível de equipamento sem falhas muito gritantes e os acabamentos estão em linha com o que se espera num Dacia. A decoração nesta versão é um pouco melhor, com a tonalidade do tablier a garantir uma maior sobriedade. Não se pode esperar no entanto grandes surpresas para o lado positivo.
O espaço para os ocupantes é bastante bom em largura e altura e apenas o espaço para as pernas atrás podia ser melhor. A mala tem 320 litros, deixando para trás carros do segmento acima.
Equipamento
Tal como nos pontos anteriores, a nível de equipamento o comentário a fazer é que para um que se espera de um Dácia, o equipamento é normal. A versão mais baixa não inclui vidros eléctricos, ar condiconado ou direcção assistida. Mas a diferença de preço para a versão confort, a mais equipada, é cerca de 800€.
Motor
O motor de 75cv permite que o Dácia cumpra a sua função de forma bastante boa e com consumos muito comedidos. Se passarmos para a versão de 90cv, o Sandero começa a ter ares de carro despachado mantendo os tais consumos baixos, podendo até baixar.
No entanto, nenhum deles se pode chamar de desportivo.
Tanto em baixa como em média rotação a insonorização não compromete. Em alta rotação começa a ser um pouco invasiva.
Comportamento
Suspensão branda mas que não coloca em perigo a estabilidade. A longo prazo permite que o Sandero não ganhe ruídos parasitas com tanta facilidade. E sendo um carro que tem a pretensão de ser um emio de transporte, uma suspensão diferente não faria grande sentido.
Preço
Por cerca de 14500€ consegue-se um Sandero com algum equipamento, pronto a sair do stand.
Final
Se podia ter mais equipamento? Podia. Suspensão mais desportiva? Também. Uma estética mais apetecível? Sem dúvida. E podia ter muito mais. Mas aí o preço seria muito mais. O Sandero é um carro para ser escolhido com racionalidade. É o carro para quem se quer deslocar com conforto, segurança e economia. Não é o carro para quem quer ter pretensões sociais através do carro. O que, convenhamos, até aos 50000€ são poucos os carros que permitem ter. Por isso, para quê andar em bicos dos pés? Pés bem assentes na terra. Em vez de pagar mais de 20000€ por um carro médio, que será sempre um carro médio, chamemos os bois pelos nomes. O Sandero faz todo o sentido.
domingo, 16 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Volvo S60/V60 D3 (2.0 163cv)
Vamos imaginar que vamos comprar um carro ou carrinha, do segmento familiar e temos cerca de 40.000€ disponíveis. Queremos um carro que transmita um certo status, tenha qualidade, transpire dinamismo e com um equipamento irrepreensível. O motor diesel é indispensável e tem de ter um bom nível de performance. Para além disto queremos algo seguro e espaçoso. Ou seja, queremos tudo.
Exterior
Tanto na versão carro como carrinha estamos perante um dos mais belos carros da actualidade. Aliás, tem sido uma das características dos Volvo´s nos últimos tempos.
Com uma imagem desportiva e simultâneamente sóbria, revela uma imenso bom gosto mesmo nas versões mais desportivas que por vezes deixam a desejar no capítulo estético.
A Volvo propõe como opcional um kit exterior com aplicações cinzentas/prateadas nos pára choques, aventais e mais uns pequenos detalhes. Em carros de côr escura fica simplesmente fenomenal.
A estética está assim ao nível do que melhor se faz na "escola italiana", dizendo aos alemães que a sobriedade não é cinzenta.
Interior
O interior é espaçoso, requintado e mostra um cuidado na construção acima da média.
A rolar o conforto é bastante bom graças a uns bancos envolventes em qualquer uma das suas versões. Todos os comandos são muito intuitivos e ergonómicos.
Motor
O motor de 163 cavalos é uma surpresa extremamente agradável. Por volta das 1500 rpm mostra todo o seu fulgor (400 Nm), surpreendendo na primeira vez que se leva o carro para a estrada. Até à velocidade máxima permitida por lei (+ IVA) revela uma linearidade bastante boa. A partir deste ponto não desilude mas começa a ser menos entusiasmante. Os consumos são comedidos a avaliar pela leitura que estava no computador de bordo. Não sei no entanto o tipo de condução que o utilizador habitual faz. De qualquer forma 6,5 litros é um consumo normal para este motor.
Comportamento
Um carro com mais de 2 toneladas espera-se que tenha uma inércia relativamente elevada. Com este Volvo tal não acontece. Não será um carro de temperamento desportivo mas permite andar rápido e ter alguma diversão.
Equipamento
A Volvo continua a primar pela segurança. No que toca a níveis de equipamento, existem 3. A segurança mantém-se de origem e a versão intermédia (Momentum) é assim a melhor opção. Existe um versão desportiva R, que tem como base a versão Kinetic, menos equipada. A Summum é a mais bem equipada.
Preço
Procurando nos diversos concessionários, o preço médio em 2010 para a versão intermédia de equipamento era de 41500€, chave na mão.
Conclusão
Os alemães que se cuidem. A Volvo vai começar a fazer estragos. Apenas o valor de usado mais baixo pode tirar argumentos a um Volvo. Mas mesmo este aspecto começa a ser passado.
Queremos tudo e neste carro temos tudo... ou quase.
Exterior
Tanto na versão carro como carrinha estamos perante um dos mais belos carros da actualidade. Aliás, tem sido uma das características dos Volvo´s nos últimos tempos.
Com uma imagem desportiva e simultâneamente sóbria, revela uma imenso bom gosto mesmo nas versões mais desportivas que por vezes deixam a desejar no capítulo estético.
A Volvo propõe como opcional um kit exterior com aplicações cinzentas/prateadas nos pára choques, aventais e mais uns pequenos detalhes. Em carros de côr escura fica simplesmente fenomenal.
A estética está assim ao nível do que melhor se faz na "escola italiana", dizendo aos alemães que a sobriedade não é cinzenta.
Interior
O interior é espaçoso, requintado e mostra um cuidado na construção acima da média.
A rolar o conforto é bastante bom graças a uns bancos envolventes em qualquer uma das suas versões. Todos os comandos são muito intuitivos e ergonómicos.
Motor
O motor de 163 cavalos é uma surpresa extremamente agradável. Por volta das 1500 rpm mostra todo o seu fulgor (400 Nm), surpreendendo na primeira vez que se leva o carro para a estrada. Até à velocidade máxima permitida por lei (+ IVA) revela uma linearidade bastante boa. A partir deste ponto não desilude mas começa a ser menos entusiasmante. Os consumos são comedidos a avaliar pela leitura que estava no computador de bordo. Não sei no entanto o tipo de condução que o utilizador habitual faz. De qualquer forma 6,5 litros é um consumo normal para este motor.
Comportamento
Um carro com mais de 2 toneladas espera-se que tenha uma inércia relativamente elevada. Com este Volvo tal não acontece. Não será um carro de temperamento desportivo mas permite andar rápido e ter alguma diversão.
Equipamento
A Volvo continua a primar pela segurança. No que toca a níveis de equipamento, existem 3. A segurança mantém-se de origem e a versão intermédia (Momentum) é assim a melhor opção. Existe um versão desportiva R, que tem como base a versão Kinetic, menos equipada. A Summum é a mais bem equipada.
Preço
Procurando nos diversos concessionários, o preço médio em 2010 para a versão intermédia de equipamento era de 41500€, chave na mão.
Conclusão
Os alemães que se cuidem. A Volvo vai começar a fazer estragos. Apenas o valor de usado mais baixo pode tirar argumentos a um Volvo. Mas mesmo este aspecto começa a ser passado.
Queremos tudo e neste carro temos tudo... ou quase.
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