sábado, 27 de novembro de 2010

Audi A4 1.6 (1ª geração)

Este foi porventura o Audi que tornou os Audis aquilo que conhecemos hoje em Portugal. Corrrijam-me se estiver errado mas até aqui Audis era uma coisa estranha aos portugueses.
Este carro foi-me cedido durante uma semana. A expectativa não era a mais alta. O carro é de 1996, com 250000 km e alguém achou que por ser um Audi não necessitava de manutenções. Acrescendo o facto de ser o 1.6 8 de 8 válvulas a gasolina, temos tudo para ter um carro pouco interessante. Ou talvez não.

Motor

A ideia pré concebida que tinha do motor 1.6 afinal não era a mais correcta. Começamos pelo barulho. O 1.6 parece um Homem em quase todas as rotações. Pelo menos quando comparado, por exemplo, com motores franceses. A disponibilidade do motor também não é nada má. Não é um motor entusiasmante mas também não é uma desilusão completa. Desenvolve de uma forma linear e ainda hoje consegue andar de uma forma desenvolta. Faz lembrar um pouco um carocha. Faz um barulho engraçado, anda pouco mas tem muito boa vontade.
Quando falamos de consumos é que a história pode ser um pouco menos agradável. Em auto estrada, cumprindo os limites de velocidade ou ultrapassando no máximo em 10km/h, conseguimos uma média de 7,8 litros/100km. Se andarmos mais à vontade, em cidade ou auto estrada sem olhar a limites de velocidade, então temos uns desagradáveis 2 digitos a aparecer na média. No entanto, para a cilindrada, tipo de motor, carro, idade, etc, não está nada mau.

Estética

Apesar dos 14 anos que o carro leva, a estética ainda não é de carro velho. Ajuda-o o facto de este modelo se ter vendido durante muitos anos e de a Audi não ter quebras muito acentuadas entre gerações. De qualquer forma, podemos andar com um carro a caminhar para pré clássico sem grandes complexos de termos um carro velho.

Equipamento

Direcção assistida, jantes em liga leve, ar condicionado, vidros electricos, auto rádio, ABS, fecho centralizado e mais um ou dois detalhes. Hoje em dia será o equipamento básico para qualquer carro de entrada de gama mas há 14 anos não eram todos que traziam este nível de equipamento. Não existe nenhuma falha gritante e para os parâmetros actuais não compromete.

Comportamento
Num carro que já passou os 250000km, nunca levou amortecedores, os pneus estão a chegar ao limite de desgaste e já teve alguns acidentes dignos de referência, mais uma vez a expectativa não é muito elevada.
O comportamento deste carro está ao nível do que se espera num Audi desta época. Um carro seguro, que permite rodar rápido e sem sobressaltos, um comportamento a roçar o neutro com uma ligeira tendência para alargar as trajectórias. Ou seja um comportamento saudável para este segmento.
No entanto, extremamente aborrecido. É um carro para se andar certinho e ponto final.

Interior

Confortável, com uma insonorização razoável. Este interior em particular estava muito mal conservado, queimado, plásticos partidos, etc. O tipico num carro sem dono. No entanto, de ressalvar que para a idade e maltrato interior, ainda permite rodar com grande conforto.

Valor

A avaliação que foi feita para este carro pela Lexus foi de 1250€. Se tivermos em conta que pode custar o dobro, temos aqui um carro que pode ser uma alternativa para bolsas que passem por fazes menos boas ou para quem o carro é um médio de transporte mas que gosta de manter um certo status e nível de "qualidade". O valor pedido por um TDI desta idade será certamente menos interessantee tornando este carro uma óptima opção.

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